BLOGS DO PORTAL TERRAS POTIGUARES NEWS

sábado, 19 de junho de 2010

HISTÓRICO DA BANDEIRA DE PARELHAS

A Bandeira foi criada no dia 13 de setembro de 1972. Está constituída de um retângulo dividido em duas partes iguais no sentido horizontal de cores verde e amarelo.

Ao centro do retângulo em campo branco em forma de losango indicando a fraternidade, o espírito de justiça e o amor às tradições de todos os parelhenses.

O centro do losango é constituído de um escudo dividido ao meio em sentido horizontal tendo no plano superior a paisagem do Boqueirão.

No plano inferior, dividido ao meio em sentido vertical tendo à esquerda um capucho de algodão, representando a colheita do algodão, à direita uma bateia, representando os minérios. Sobre o escudo em forma de "X", uma flecha representando os pré-povoadores da região; os arcabus, uma das armas usadas pelo bandeirante Domingos Jorge Velho. Sob o arcabus e a flecha, uma cruz vermelha, que simboliza o "Santo Centurião" do Imperador Diocleciano, São Sebastião, a quem os fiés elegeram protetor das vítimas da cólera morbus. Ladeiam o escudo, em toda a sua altura, um ramo de milho, à esquerda e um de arroz à direita, tendo os troncos ligados por laços com as cores nacionais onde se encontra as legendas: MUNICÍPIO DE PARELHAS, no centro a data da Fundação e a data em que Parelhas passou a ser município.


FONTE: ARAÚJO, Maria Inês de. & ROQUE, Ildelita. "Aspectos Sócio Geográficos de Parelhas": Parelhas, 1998, publicado no site WIKIPÉDIA

REGISTROS HISTÓRICOS DE PARELHAS RN

A partir daí os registros históricos são seqüenciados, principalmente a partir de 1856, com a construção da capela de São Sebastião, em agradecimento a uma graça alcançada por Cosme Luiz e Sebastião Gomes (Sebastião "Chocalho") que, segundo a história, pediram o fim da epidemia no local e foram atendidos. Neste ano de 1856 ficou oficialmente convencionado a fundação da Vila de Parelhas. Dos marcos históricos da época apenas três não são conhecidos: a Igreja Matriz de São Sebastião, o Cemitério dos Coléricos do Boqueirão e outro do povoado Juazeiro. O do Boqueirão infelizmente desapareceu em 2003 quando a Prefeitura construiu sobre ele uma praça pública.

Já no Juazeiro o cemitério memorial do coléricos ainda está preservado, com seus muros de pedra e argamassa como também a estrutura do oratório (capela) e que foi restaurado no final de 2005. Este cemitério secular foi construído por Virgínio Vaz de Carvalho, pai do patriarca Bernardino de Sena e Silva. Logo ao terminar a obra Virginio e seu filho Manoel Vaz contraíram o cólera, vindo a falecer, sendo ali mesmo sepultados.

Depois de ganhar a categoria de município, em 1927, Parelhas teve importante participação na política do estado, com a Revolução de 1930 durante o governo do interventor Mario Câmara que, em 1933, nomeou para prefeito de Parelhas o comerciante e fazendeiro paraibano Ageu de Castro, líder da facção Liberal ou "pelabucho", que entrou em confronto armado com os militantes do Partido Popular, conhecidos no Rio Grande do Norte como "Perrepistas". Os Perrepistas eram liderados em Parelhas pelo fazendeiro Florêncio Luciano com o apoio de toda a elite de coronéis da região.

As escaramuças partidárias culminaram com o famoso "tiroteio de 13 de agosto de 1934", durante um comício realizado na cidade pelos perrepistas. Este episódio foi noticiado na imprensa de quase todo o país. Os efeitos da expansão urbana desordenada e a falta de políticas públicas voltadas para a área de História e Cultura e ainda a influência da ditadura militar, a partir dos anos 1960, fizeram desaparecer praticamente todo o referencial histórico e cultural de Parelhas, entre monumentos e documentários, dificultando sobremaneira o resgate e aprofundamento do Memorial do município.

MAIS

MAIS

MAIS

HINO MUNICIPAL DE PARELHAS

A História que o passado nos lembra
E que sempre fulgura / com intenso esplendor
Que outrora / revestida de matas
E o solo selvagem / ao o homem inspirou o amor
Surgia / deslumbrante e risonha
Cheia de esperanças / de um povo varonil
Do labor / fez nascer pela fé em si
Tão amada cidade / que este chão povoou.

Salve / seu passado de glória
Salve / seu povo varonil
Hoje trazemos na memória
O encanto que a todos seduziu


REFRÃO


Terra de brava gente
Terra de encantos mil
Seu cenário é uma beleza
Que inspira a natureza
No coração do Brasil



Nos campos, / às margens de um rio
Cavaleiros corriam / com garbo juvenil
Na estrada / do fiel boqueirão
E unidos aos pares / o seu nome então surgiu
Parelhas / se ergueu altaneira
E diante dos seus / se tornou pioneira
Com ardor / fez a terra brotar a flor
Tão honrosa e brilhante / que ao sertão encantou


Salve / ó Parelhas querida
Salve / sua luta renhida
Que no solo liberto plantou
A vida, o progresso e o amor



REFRÃO



Terra de brava gente
Terra de encantos mil
Seu cenário é uma beleza
Que inspira a natureza
No coração do Brasil

Letra: Maria das Graças Pereira Azevedo
Melodia: Djalma Rufino da Silva



O tiroteio entre Perrepistas e Pelabuchos

FONTE - WIKIPÉDIA

A revolução de 1934, que levou ao poder, o presidente Vargas, mesmo perdendo as eleições daquele ano, foi marcada por grandes acomodações políticas em todos os recantos do Brasil. No Rio Grande do Norte, a indicação para o governo do estado, do interventor Mário Câmara, polarizou o poderoso domínio político dos coronéis e da igreja. No interior do estado, as acirradas disputas pelos "currais eleitorais" ganharam requintes de guerrilha urbana como o aparecimento de jagunços e bandos armados, com fins puramente políticos, nada tendo a ver com cangaceiros de Lampião, Antonio Silva, etc.

Em Parelhas, a nomeação de Ageu de Castro para prefeito municipal, em 1934, pôs em alvoroço a política local, dominada por toda a elite de coronéis, liderada pelo ex-prefeito Florêncio Luciano, apoiado por Antão Elisiário, Laurentino Bezerra, Manoel Virgílio, Graciliano Lordão e outros, tendo como aliado da igreja o padre Vicente de Freitas.

A luta política entre Ageu de Castro e a oposição de coronéis parelhenses descambou para o confronto armado que culminou com o famoso "Tiroteio de 13 de Agosto" daquele ano.

Com certeza esta foi à quadra mais importante da história política de Parelhas, que, infelizmente nunca foi resgatada, até porque, 70 anos após existem vestígios partidários da época. Os "Perrepistas", que usavam bandeiras verdes e os "Pelabuchos" que adotavam a cor vermelha, deram origem a UND e PSP, depois ARENA e MDB e finalmente, Bacuraus e Bicudos.

A MANGUEIRA DO BARÃO

Por: Alínio Silva do Nascimento

Janeiro é o mês de aniversário do Grupo Escolar Barão do Rio Branco. Já se vão mais de 90 anos e milhares de crianças que receberam ali as primeiras lições no longo caminho do aprendizado. Não sei se meu nome ainda consta na secretaria do Barão, ou se existem arquivos, pois li no Livro “Memórias” de nosso conterrâneo e ex-aluno Aldo Medeiros, (ótima leitura para quem gosta de preservação de nossas coisas) que grande parte de seu acervo foi vendida para ser utilizada como papel de embrulho para barras de sabão, (Página 65). Alem de estabelecimento de ensino, o prédio do Barão foi cenário de muitos acontecimentos sociais, políticos e artísticos. Em seu palco aconteceram seções inesquecíveis do Tribunal do Júri, onde se travaram debates memoráveis entre Promotores de Justiça e Advogados de defesa, sempre com o auditório lotado, uns admirando os debates pelo alto nível intelectual com que cada um expunha suas teses; outros não entendiam nada, mas esperavam que a Justiça prevalecesse e havia ainda outros torciam, fazendo apostas em várias modalidades: absolvido ou condenado e neste caso, de quantos anos seria a pena. Nas eleições que aconteceram desde sua inauguração, suas salas abrigaram secções eleitorais e no seu palco, as contagens dos votos. Ali, as expectativas e angústias dos candidatos não impediam que o respeitável público desse muitas risadas com as piadas que alguns eleitores escreviam nas chapas eleitorais e eram lidas em voz alta pelo Juiz. As apostas ali também corriam soltas. Muitos espetáculos teatrais foram encenados em seu palco, quer por grupos amadores locais, comandados por um ex-aluno chamado Itan Pereira, que mais tarde foi Reitor da Universidade Federal de Campina Grande – quer por “troupes” profissionais que percorriam o país com suas peças, em um tempo em que ainda não tinham sido inventadas as novelas de Televisão e esta era privilégio de poucas Capitais. O baile da Festa de Janeiro até meados dos anos 50, acontecia em seu salão nobre, com orquestras famosas vindas especialmente de Recife, João Pessoa ou Natal. Escrevi “o baile”, no singular, porque realmente era o único durante a festa, dia 20, após o encerramento das festividades religiosas. A festa seguinte era o carnaval, quando os confetes e serpentinas enfeitavam seus salões embalados por boas orquestras e o cheiro inesquecível do lança-perfume neutralizando a inhaca exalante de cada sovaco. As férias eram em junho e coincidiam com a maior das festas daquela época. Quem não se lembra de seu Felino Bezerra comandando as danças de quadrilhas nas festas juninas ou dançando com Dona Francisca uma valsa? O salão se tornava pequeno, mas todos os outros casais paravam, cediam seus espaços e ficavam admirando o espetáculo de harmonia e majestade que aquele casal apresentava. Era o ponto máximo das festas juninas que todos os anos aconteciam no Barão. Nos finais de ano, seus salões se engalanavam para as solenidades de entrega dos diplomas aqueles que concluíam a primeira etapa da jornada no caminho do aprendizado formal. Ensaios, paraninfos, orador da turma, tinha um hino assim: “Dizendo tristemente adeus/A minha escola vou deixar/Adeus colegas que aqui ficam/Adeus escola que vou deixar.//Quando lá bem distante/Da terra onde nasci/Recordarei saudoso/A boa Escola onde aprendi”. Com locução de Durval Buriti, autoridades civis, militares e eclesiásticas compunham a mesa que dirigia os trabalhos, proferiam discursos e posavam pacientemente para os retratos, que demoravam porque a cada foto Heleno Dantas tinha que trocar a lâmpada do “flash” com a ajuda de um pedaço de pano, pois ao espocar, o bulbo atingia uma temperatura próxima dos cem graus Celsius. Terminava sempre com um baile até o dia amanhecer. O Barão abrigou também as primeiras escolas de segundo grau da cidade: a Escola Normal Regional com suas normalistas vestidas de azul e branco, trazendo um sorriso franco para o período vespertino; à noite, o Curso Comercial Básico que vestia uniforme marrom e lhe valeu o apelido de “franciscanos”. Segundo relato do Doutor Anastácio Pereira, ex-aluno, Professor Doutor em Agronomia e Diretor da Escola Agronômica de Araia-PB, o Governo do Estado não gastou nenhum centavo para erguer o prédio, alegando já ter construído aquele na Avenida Doutor Mauro Medeiros, (ex-aluno) onde hoje funciona a Prefeitura Municipal, mas com apenas duas salas, não comportava mais a demanda de alunos. O terreno foi doado por Antão Eliziário Pereira, enquanto os materiais de construção e as despesas de mão de obra foram custeados pela Prefeitura, por fazendeiros, comerciantes e demais empresários do Município. Havia à esquerda de quem entra pelo portão principal, uma mangueira que deve ter morrido de tão velha, pois, ainda segundo o Dr. Anastácio, serviu de baliza zero para o topógrafo locar o terreno onde foi erguida a obra e de tal forma, que permaneceu como parte integrante da paisagem. À sua sombra, todos os dias na hora do recreio se postavam os vendedores de pirulitos, cocadas, puxa-puxa, alfenim, roletes de cana, confeitos e outras iguarias. Aproveito agora este espaço que o “www.parelhas.net” me concede para fazer uma sugestão à atual direção do Barão: providenciar junto ao viveiro de mudas, a reposição daquela mangueira, no mesmo local, como um ícone de uma campanha de conscientização, a partir das crianças que ali estudam, para a preservação da natureza. Poderia ser realizada uma solenidade, quando se plantaria uma nova mangueira, com a presença dos alunos, autoridades civis, militares, eclesiásticas, ex-alunos e funcionários, para que cada um assuma o compromisso de se tornar um guardião dessa árvore, como símbolo de respeito à Natureza e ao término de seu curso, transferir essa missão para os novos alunos que estarão chegando, de forma a se tornar a mascote do nosso Grupe Escolar Barão do Rio Branco. Tenho certeza de que bons frutos se colherão.

São Bernardo do Campo, janeiro de 2010


FONTE - PARELHAS.NET

Quem sou eu

Minha foto
Sou o subtenente PM/RN JOSÉ MARIA DAS CHAGAS, natural de Mossoró-RN, pai de quatro filhos e que tem como base principal de vida:AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS" e AMAR AO PRÓXIMO COMO AMO A MIM MESMO"; ÃLÉM DE SER HUMILDADE E ATÉ A PRESENTE DATA NUNCA ECONOMIZEI UM GOTA DE HONESTIDADE. TENHO A MANIA DE ESCREVER, ESCREVER, ESCREVER, DE LER, LER, LER; DE PESQUISAR. COM CINCO BLOGS NA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES, CUJA META FINAL É DE CHEGAR AOS 7 BLOGS E 400 LINKS. SOU 95 POR CENTO TORCEDOR DO BARAÚNAS, O MAIS QUERIDO DE MOSSORÓ E 5 POR CENTO FLUMINENSE.

PORTAL TERRAS POTIGUARES NEWS

PORTAL TERRAS POTIGUARES  NEWS
A MAIOR FONTE DE INFORMAÇÕES ANTIGAS E ATUAIS DO RN, CRIADO A 28/12/2008, PELO STPM JOTA MARIA, COM 23 BLOGS E MAIS DE 2 MILLINKS. EQUIPE: JOTA MARIA, JOTAEMESHON WHAKYSHON, JULLYETTH BEZERRA E JOTA JÚNIOR

Minha lista de blogs